A vida começa no abraço de um ventre. No cuidado que apenas um corpo pode dar a outro ser indefeso, ao se colocar entre ele e o mundo.
Nada é mais natural do que se sentir seguro dentro de um abraço de mãe, justamente por causa do começo de tudo. Passamos nove meses ouvindo os batimentos de seu coração e sendo embalados no ritmo de seu corpo. Encontramos força e nutrientes daquilo que recebemos diretamente dela. Cada escolha nos afeta, nos forma, nos alimenta e nos impulsiona a crescer.
E aqui está um grande e maravilhoso mistério: somos nutridos até crescer, e crescer demais pra permanecermos seguros lá dentro. Deixamos um mundo para entrar em outro. E o que elas fazem? Nos envolvem novamente em seus braços, e seguem em frente na tarefa de nos fazer crescer.
Essa dança é uma constante, que se perpetua pelos anos e pelas gerações. Ela é o chão e a raiz desse mundo no qual a gente anda. Elas nos alimentam de amor, e a gente cresce. A gente vive. A gente ri, e chora, e casa, ou fica solteiro. A gente vira pai e mãe, e começa a entender pelo menos um pouco do que elas sentiram ao nos ver crescer. E de repente a gente percebe o quanto custou isso tudo. O quanto custou nos fazer crescer até ficarmos maiores que o útero, e depois maiores que o colo, e maiores que a casa...
E que incrível é que quando os anos passaram, e a gravidade já encheu de história o rosto que nos deu vida, perceber que elas nos fizeram grandes o suficiente pra que agora elas caibam dentro de nós - dentro de nossas casas, em volta de nossas mesas, junto de nossos filhos.
Por isso a Nosso Canto quer agradecer a todas as mães, por serem corajosas o suficiente pra nos fazer crescer. E como filhos, que todos nós somos, queremos dizer que vocês fizeram um excelente trabalho. Nós crescemos, e crescemos o suficiente pra que vocês sempre caibam dentro das melhores partes de nossas vidas!
Feliz dia das mães!